quinta-feira, 22 de julho de 2010

O futuro da Nação e os dogmas Cristãos.

Há um tempo atrás minhas emoções moviam quase todas as minhas decisões, apegos e opiniões.
Caso alguém que eu admirasse cometesse algum equívoco, seja qual for, era complicado enxergar exatamente como um equívoco, pensava sempre ter um porquê maior e não simplesmente um erro. Acredito que isso ocorra com todas as pessoas vez ou outra quando temos apreço por determinado ser humano e este comete erros.
Atualmente acredito ter aprendido a conter minhas emoções quanto a expor opiniões deste modo e agora tudo parece ter mais sentido.
O fato é que ao ler uma frase de um Bispo de São Paulo fiquei a pensar, até onde pode alguém tão influente em determinadas camadas da sociedade dizer exatamente o que pensa a respeito de algo tão polêmico quanto o aborto e a política. “Vou mandar uma circular para os padres da diocese pedindo que eles façam o pedido na missa, para que os nossos fiéis não votem na candidata do PT e em nenhum outro candidato que defenda o aborto. Desde o Antigo Testamento, temos que é proibido matar. Uma pessoa que defende o aborto não pode ser eleita. Eu tenho obrigação de orientar meus fiéis pelo que está certo e o que está errado”, disse o bispo, de 74 anos.
Não votarei na candidata do PT por motivos particulares, não exatamente pessoais por ser uma escolha que afete toda uma nação a de Presidente da República, mas por entre outros motivos não creditar minha confiança a esta que nunca foi ao menos Presidente de Bairro e não ter um histórico glorioso nem de liderança, como é o caso do atual presidente, sempre líder em sua classe. Enfim.
No entanto, eu hoje como simples eleitora, posso expressar minha opinião sempre que me for questionada por não ter, por óbvio, a influência que tem um Padre ou Bispo perante a sociedade católica, ainda predonimante em nosso País.
Asssim como a imprensa, as pessoas públicas têm de frear seus ideais e dogmas e guardá-los consigo não podendo expô-los e influenciar a decisão mais importante que o povo pode tomar (apesar de muitos não se darem conta da importância e do valor de seu voto) simplesmente por crer que algum outro ideal do canditado não confere com o seu.
Entre tantos erros e atrocidades que a Igreja comete ao longo de séculos, creio eu, ser esse outro pequeno erro que pode mudar o rumo de uma nação, mais uma vez.

Kamila Michiko Teischmann.

Um comentário:

  1. Ronaldo Coelho Damin19 de agosto de 2011 às 12:08

    As vezes as pessoas erram sem querer, as vezes nem sabem que cometeram um erro.
    Penso que é importante sermos racionais, frios, ao enfrentar os problemas do dia a dia.
    Porém, as vezes,temos que ouvir nosso coração também, ter emoção, paixão.
    Afinal, o que é a vida sem paixão? O que é seguir uma vida por seguir, sem motivos, objetivos, "cumprir tabela".
    Como diz o grande Luis Fernando Veríssimo:
    "Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
    É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
    Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
    Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
    Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
    A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
    Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
    O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
    Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
    Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
    De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
    Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
    Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
    Parabéns pelo Blog, serás uma grande operadora do Direito.
    Beijo.
    Ronaldo Damin

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