domingo, 25 de julho de 2010

Liberdade em excesso também faz mal.

Não é necessário que se tenha muitos anos de idade para que se saiba da importância da Imprensa brasileira nas últimas décadas. Incontestável é o imenso valor da veiculação de informações para todos, a fim de que o povo não tape os olhos para o que ocorre em qualquer canto deste imenso País.
 É através da imprensa, das publicações minuto a minuto pela internet, por exemplo, que muitos de nós formamos opiniões e até alguns princípios.
Diante da incontroversa importância deste instituto há que se analisar melhor a imprensa de hoje, seu papel e sua influência incalculável na sociedade.
 Justamente por ter o poder de determinar opiniões, em especial daquelas pessoas com um grau de instrução educacional menor, o cuidado e a ética devem reger esta profissão em toda e qualquer publicação que tenha um mínimo de leitores, ouvintes ou expectadores.
A função da imprensa é informar, manter todo o globo informado. O que parece estarem esquecendo é a diferença de informar e inventar para informar.
Em minha opinião particular e convicta, a desnecessidade de se ter um diploma universitário de jornalismo para denominar-se jornalista é um absurdo imenso, diante das publicações que tenho lido e de todas as informações precipitadas e com uma pitada de falta de ética e respeito pelo próximo.
Em especial nos casos de crimes, ou suspostos crimes, de grande comoção social. Esta comoção social hoje é justamente alcançada através da imprensa, que muitas vezes informa o expectador o que está ocorrendo e logo designa um inocente e um culpado para o caso em questão, faz papel investigativo, aponta pistas, enfim, dá pitaco onde não é sua função, que seria, à princípio, a de informar.
Um caso muito conhecido por ser recente e ter chocado o País, o dos Nardonis, justamente por a imprensa ter divulgado, supostamente, tudo o que ocorreu a seu modo, poderia o casal Nardoni sair daquele tribunal sem ser condenado pelo povo depois de todas as matérias (e erros, diga-se de passagem) divulgados?
Outro episódio, mas dessa vez de injustiça comprovada, é o da Escola Base (http://escola.base.sites.uol.com.br/), um marco histórico da irresponsabilidade e da divulgação sem limites da imprensa brasileira, onde um homem inocente foi acusado de pedofilia e abusos sexuais contra alunos de sua escola e teve sua vida completamente devastada, e que a mídia não teve o mínimo de respeito de divulgar da mesma forma como julgou e condenou este homem, que perdeu seus bens e sua família.
Após essa e outras tantas irresponsabilidades e falta de ética da imprensa, ainda quando dizemos que esta tem sim de ter freios, vêm com aquele velho argumento de que a imprensa é livre, que isso é censura, etc, etc, etc.
Tudo na vida tem que ter limites, até coisas boas em excesso fazem mal, como poderia esse instituto fundamental e de influência incalculável não ter?
Em um mundo onde ser honesto é exceção, há sim que se ter um controle maior daquilo que é divulgado para que injustiças como a da escola base não ocorram mais por falta de ética, de respeito e porque não por falta de amor naquilo que é feito, pois quando algo é de fato feito de coração não visa machucar nem denegrir ninguém por puro e simples interesse econômico.
Enquanto o ser humano de maneira geral não se reeducar, não resgatar seu valores, limites têm que serem impostos em inúmeras áreas profissionais.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O futuro da Nação e os dogmas Cristãos.

Há um tempo atrás minhas emoções moviam quase todas as minhas decisões, apegos e opiniões.
Caso alguém que eu admirasse cometesse algum equívoco, seja qual for, era complicado enxergar exatamente como um equívoco, pensava sempre ter um porquê maior e não simplesmente um erro. Acredito que isso ocorra com todas as pessoas vez ou outra quando temos apreço por determinado ser humano e este comete erros.
Atualmente acredito ter aprendido a conter minhas emoções quanto a expor opiniões deste modo e agora tudo parece ter mais sentido.
O fato é que ao ler uma frase de um Bispo de São Paulo fiquei a pensar, até onde pode alguém tão influente em determinadas camadas da sociedade dizer exatamente o que pensa a respeito de algo tão polêmico quanto o aborto e a política. “Vou mandar uma circular para os padres da diocese pedindo que eles façam o pedido na missa, para que os nossos fiéis não votem na candidata do PT e em nenhum outro candidato que defenda o aborto. Desde o Antigo Testamento, temos que é proibido matar. Uma pessoa que defende o aborto não pode ser eleita. Eu tenho obrigação de orientar meus fiéis pelo que está certo e o que está errado”, disse o bispo, de 74 anos.
Não votarei na candidata do PT por motivos particulares, não exatamente pessoais por ser uma escolha que afete toda uma nação a de Presidente da República, mas por entre outros motivos não creditar minha confiança a esta que nunca foi ao menos Presidente de Bairro e não ter um histórico glorioso nem de liderança, como é o caso do atual presidente, sempre líder em sua classe. Enfim.
No entanto, eu hoje como simples eleitora, posso expressar minha opinião sempre que me for questionada por não ter, por óbvio, a influência que tem um Padre ou Bispo perante a sociedade católica, ainda predonimante em nosso País.
Asssim como a imprensa, as pessoas públicas têm de frear seus ideais e dogmas e guardá-los consigo não podendo expô-los e influenciar a decisão mais importante que o povo pode tomar (apesar de muitos não se darem conta da importância e do valor de seu voto) simplesmente por crer que algum outro ideal do canditado não confere com o seu.
Entre tantos erros e atrocidades que a Igreja comete ao longo de séculos, creio eu, ser esse outro pequeno erro que pode mudar o rumo de uma nação, mais uma vez.

Kamila Michiko Teischmann.